Funcionários precisam de networking, diz criador do LinkedIn

Funcionários precisam de networking, diz criador do LinkedInQuando uma empresa enfrenta um grande problema, não adianta apenas colocar as melhores cabeças da equipe para pensar em uma solução.

Este é o primeiro passo, mas é necessário também estimular que cada funcionário busque ajuda e inspiração entre seus contatos – inclusive através das redes sociais e dentro do horário de trabalho.

É isso o que prega Reid Hoffman, cofundador e presidente do conselho do LinkedIn.

Em material preparado para o Business Insider, o bilionário enfatizou que as informações profissionais mais valiosas normalmente são obtidas por meio de pessoas, não pelo Google ou pelos livros.

“Pessoas podem oferecer o melhor conselho urgente. Pessoas podem adequar o conselho exatamente para a sua situação. Pessoas geralmente sabem de coisas que ainda não estão públicas no Google”, escreveu.

“E há mais pessoas inteligentes no mundo que não trabalham na sua companhia do que o total de pessoas inteligentes que trabalham nela”. “Então olhe para além do seu escritório”, aconselhou.

Pela teoria do empresário, quanto mais cérebros estiverem pensando juntos, melhor. E segundo ele, apesar de os presidentes de empresa geralmente serem bons em networking e se empenharem nisso, porque falam com muita gente de setores diferentes, muitos deles se esquecem de que os trabalhadores também pode fazer a mesma coisa.

Estimular que os funcionários criem esse hábito, de acordo com Hoffman, é não só uma forma de auxiliá-los a construir carreiras sólidas, mas também de fomentar a inovação na companhia.

“Quando seus empregados compartilham o que eles aprenderam com as pessoas da sua rede de contatos profissionais (sobre tecnologias, competição, talento), eles te ajudam a resolver os principais desafios do negócio mais rápido”, afirmou.

Como fazer um bom trabalho de networking

Hoffman dá duas dicas para encorajar o time a fazer um bom networking. A primeira delas é perguntar aos funcionários quem são as três pessoas mais inteligentes que eles conhecem que não trabalham na empresa e permitir que eles tenham contato com elas dentro do horário de trabalho.

É exatamente isso o que a companhia de software de marketing HubSpot faz. Ela permite que seus colaboradores paguem almoços para pessoas interessantes da indústria, desde que eles compartilhem o que aprenderam no encontro. E dá certo, segundo Hoffman.

O segundo passo é incentivar os trabalhadores a serem ativos nas redes sociais. Ele diz que é interessante, inclusive, parabenizar os funcionários que têm muitos seguidores no Twitter e contatos no LinkedIn.

O conselho pode parecer inusitado, mas o bilionário garante que funciona. Novamente, ele usa o exemplo da HubSpot. A companhia queria convidar Ariana Huffington para palestrar em sua conferência anual e conseguiu chegar até a fundadora do Huffington Post com a ajuda de um funcionário com o qual ela tinha uma forte conexão no Twitter.

Hoffman contou também que a HubSpot tem duas vezes mais conexões no LinkedIn do que a média das empresas e que, por isso, consegue contratar o dobro de funcionários das demais através das oportunidades divulgadas na rede social corporativa.

O empresário discute outras questões sobre networking no livro The Alliance, escrito com os coautores Ben Casnocha e Chris Yeh.

Por Luísa Melo no Portal Exame